Práticas Teatrais e Estética do Oprimido - Projeto de extensão estará na ABRAPSO 2017
Agradeço aos 26 alunos do projeto de extensão "Práticas Teatrais e Estética do Oprimido" que aceitaram participar desta empreitada comigo. Este espaço oferecido pela faculdade CESJF- Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora é raro nas faculdades privadas e precisa ser fortalecido.
Nosso trabalho foi aprovado no XIX Encontro Nacional da ABRAPSO (Associação Brasileira de Psicologia Social). Abaixo o resumo do que será apresentado em Uberlândia MG.
Resumo do nosso trabalho:
Reportagem do CESJF:
http://www.cesjf.br/psicologia-noticias/3397-estudante-do-ces-jf-tem-trabalho-aprovado-na-abrapso.html
Site do evento:
http://www.encontro2017.abrapso.org.br/site/capa
Nosso trabalho foi aprovado no XIX Encontro Nacional da ABRAPSO (Associação Brasileira de Psicologia Social). Abaixo o resumo do que será apresentado em Uberlândia MG.
Resumo do nosso trabalho:
Augusto Boal, nasceu no Rio de Janeiro em 1931, foi um dos maiores diretores do teatro
contemporâneo. Exilado por motivos políticos entre 1971 e 1986, passou os quinze anos idealizando e desenvolvendo experiências teatrais por diversos países, como India, Perú, Bolívia e França, dentre outros. Hoje é reconhecido pela UNESCO como o Embaixador Mundial do Teatro. Ele salienta: “Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!”.Em sintonia com o autor, buscamos nas técnicas de “Teatro de Jornal” e do “Teatro Imagem”, construir um trabalho estético que possa despertar uma visão crítica em relação às opressões impostas pela sociedade, como: racismo, xenofobia e homofobia dentre outras, nunca perdendo de vista que os comportamentos de exclusão não estão isolados de uma estrutura burguesa, capitalista, ao contrário servem a este sistema. Esta estrutura se alimenta das opressões e mantém uma grande parcela da sociedade como Humanidade Residual, afim de dar continuidade a exploração dos vulneráveis.
A esquete/exposição é o resultado dos encontros do projeto de extensão realizado na faculdade de Psicologia CESJF (Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora) que tem por base as vivências dos jogos teatrais propostos pelo Teatro do Oprimido de Augusto Boal. Os Jogos reúnem características essenciais da vida social e ainda ajudam na desmecanização do corpo e da mente, sempre tão ambientado ao cotidiano, podendo despertar-se para a arte e assim, estar pronto para os enfrentamentos quotidianos na busca de uma transformação social, eles são parte do processo teatral desenvolvido pelo autor.
A partir dos jogos realizados nos encontros semanais a esquete e exposição fotográfica propostas, reúne as experiências do grupo de discentes de psicologia, que busca refletir e problematizar a realidade. Convocados a refletir sobre o que é opressão, cada integrante produziu fotografias que julgaram ser reveladoras das diversas opressões, estas fotografias disparam uma esquete que explora as possibilidades das imagens e sua relação com a mídia, a arte, o mercado, o capital, a psicologia. Sua estrutura de apresentação é simples em conformidade com a proposta teatral de Augusto Boal, que procura ocupar espaços não convencionais e atingir todas as camadas da sociedade. É importante salientar que a ruptura com o teatro hierárquico que separa atores da plateia e ainda separa as plateias em classes sociais é fundamental, o palco italiano é dispensado para que a ação ocupe praças, ruas, metrôs, salas de aula, associações de bairros e outros espaços possíveis.
Neste processo, procuramos sensibilizar alunos de graduação apresentando possibilidades de atuação na sociedade comprometidas com a libertação dos oprimidos e afim de lutar contra os opressores, buscando uma leitura da realidade que reflita no ofício do psicólogo e proporcione a compreensão do processo sócio-histórico e suas implicações. O Teatro do Oprimido se compromete com uma visão mais profunda das relações de opressão e convoca a uma reorientação da ação do futuro profissional combatendo uma visão simplista do ser humano e de suas relações, assim como desperta para a possibilidade do opressor que está dentro de cada um e que precisamos combater para extirpar. Uma mesma pessoa pode ser oprimida e opressora, porém, devemos sempre estar do lado do oprimido.
http://www.cesjf.br/psicologia-noticias/3397-estudante-do-ces-jf-tem-trabalho-aprovado-na-abrapso.html
Site do evento:
http://www.encontro2017.abrapso.org.br/site/capa
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