Teatro Grego (Tragédia)

TRÁGOS = bode + OIDÉ = Canto, ou seja, “Canto do Bode”; Uma grande obra teatral onde se encontram presentes personagens ilustres, heróicos, de caráter inestimável e grandioso; Ações constituídas de sentimentos de terror, piedade e situações funestas;

(Aristóteles)
Definição de Aristóteles para tragédia Grega: “...imitações de ações de caráter elevado, completa em si mesma, de certa extensão, em linguagem ornamentada e com várias espécies de ornamentos distribuídos pelas diversas partes do drama, imitação que se efetua, não por narrativa, mas mediante atores, e que, suscitando o terror e a piedade, tem por efeito a purificação (catarse) desses sentimentos”.

DITIRAMBO: hino de louvor a Dionísio;
SÁTIROS: pessoas vestidas com pernas de bode e, acima da cintura, com roupas de humano;(figura relacionada a Dionísio- embriaguez- alegria- sensualidade- fertilidade- plantação)
HYBRIS: é um sentimento de auto confiança exacerbado que leva o herói da tragédia a cometer uma falha muito grande (HAMARTIA) que resultaria em uma desgraça ou morte (ATE).


Os atores obrigatoriamente usavam máscaras, e figurinos muito coloridos e ricos contrastando com a vida cotidiana (Cabeleira postiça, túnicas, manto, máscara e, às vezes, barbas)


Tem por finalidade representar a sociedade e interferir nos conflitos como testemunha, confidente, espectador ideal, conselheiro, associado na dor, eco da sabedoria popular, juiz, entre outros. Representa o que é da ordem dos sentimentos e os atores se ocupam do desenvolvimento do que é temático.
Corifeu: Solista do coro, que se destaca e contracena com os atores.
Coreutas: São todos os outros membros do coro.

As mulheres não participavam das apresentações teatrais (não existiam atrizes). Os papéis femininos eram representados pelos homens, daí a necessidade maior ainda de máscaras.
No séc. V a.C., os festivais estavam inseridos nas festas em honra ao deus Dionísio e eram denominados Grandes Dionisíacas ou Dionisíacas Urbanas que se realizavam nos meses de março e abril de cada ano. Nestes festivais qualquer poeta podia concorrer apresentando uma tetralogia (trilogia trágica e um drama satírico).
Prólogo: Primeira cena antes da entrada do coro ou da primeira intervenção. Narrativa preliminar que introduz o tema. Pode ser solilóquio ou monólogo, ou cena com diálogo e ação. Ex: Édipo Rei.
Párodo: Existência de dois tipos: entrada do coro cantando e dançando na orquestra ou o coro já presente em silêncio.
Episódios ou Partes: Cenas de diálogo, ator-corifeu ou ator-ator, podendo ser figurante (pessoa que não fala).
Estásimos: Cantos e danças do coro na orquestra que separam os episódios, momento de profunda reflexão, onde o ator pode cantar ou dialogar com o coro. (Hipôrquema):quando o coro dança e canta com ênfase, geralmente antes da cena mais dramática.
Êxodo: Encerra o drama.
Catástrofe: Cenas de violência. Representa uma modificação brusca no destino das personagens (Sempre trágicas). Não ocorre no palco, às vistas do público, mas somente se conta (exceto em algumas peças de Eurípedes).
Cenas Patéticas: Cenas em que os personagens explicitam seus sofrimentos e dores.
Ágon ou Cenas de Enfrentamento: Cenas onde através de ações ou palavras os personagens se defrontam tragicamente no palco.
Anagnórisis ou cenas de reconhecimento: Passagem da ignorância para o reconhecimento. Cena em que a personagem descobre e toma consciência da verdade e da situação em que se encontra. Existem também cenas de reconhecimentos parciais.
Agradeço o auxílio de Marcelo Carvalho e Wellington Carbogim.

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